COMENTÁRIOS SOBRE
O PROJETO DE LEI QUE AUMENTA CARGOS DE LIVRE NOMEAÇÃO DA PREFEITURA DE MATEUS
LEME ENVIADO À CÂMARA PELO PREFEITO MUNICIPAL (Projeto de Lei Complementar nº
01 de 05 de fevereiro de 2013 – Altera a Estrutura Administrativa do...)
Projeto de Lei
complementar não deve ser apreciado em regime de urgência. Muito menos
projeto que altera a estrutura da Prefeitura e qualquer outro projeto que
crie cargos. A Prefeitura é que deve enviar os projetos com a devida
antecedência para a Câmara, para que sejam analisados com a devida cautela.
Há quem alegue que
o projeto não aumenta despesa, porque a despesa com referidos cargos já está
prevista no orçamento deste ano. Isso é um jogo de palavras. Não é porque
está prevista no orçamento que não é aumento de despesa. Esses cargos não
existem e a Prefeitura não tem despesa com eles. Uma vez aprovados, a Prefeitura
passará a gastar com eles, além do aumento de salário dos outros cargos já
existentes.
A Prefeitura de
Mateus Leme já não suporta aumento de cargos. É necessário um ajuste na
estrutura da Prefeitura para redistribuir os cargos de acordo com os serviços
que executa. Existem vários cargos na Prefeitura onde o funcionário é chefe
de si mesmo ou recebe uma gratificação a mais para fazer o que já deveria
fazer em razão de seu cargo efetivo. Ora, se o funcionário é chefe de si
mesmo, é sinal que o cargo de chefia não precisaria existir. O serviço
deveria estar agregado e subordinado à divisão superior.
No início do
mandato anterior o Prefeito alterou a estrutura da Prefeitura aumentando
vários cargos, criou 71 Verbas Temporária Estratégica – VTE, que são
concedidas de acordo com critérios pessoais onde o funcionários recebe a mais
para fazer o que já deveria fazer com seu cargo efetivo, além da criação de
três secretarias que não apresentam resultados que compensem seus gastos.
Um outro problema
é que estão sendo extintos cargos (de chefia setor) com remuneração menor e
criando cargos (de coordenador) com remuneração maior na Secretaria de
Assistência Social, sendo que isto não se justifica porque a atividade a ser
executada é setorial e não de coordenação.
Um outro problema
com os cargos de livre nomeação da Prefeitura é a desvalorização com a
formação escolar. Cargos que exigem formação superior tem remuneração menor
que cargos que exigem apenas de ensino médio. Para alguns cargos, a
escolaridade também não é compatível com as funções a serem exercidas. Isso
dá a impressão que os cargos são criados em função das pessoas que vão
ocupá-los e não para atender as necessidades da Prefeitura.
Cremos que os
Senhores Vereadores não devem votar um projeto de lei ouvindo apenas os
argumentos da Prefeitura. É necessário buscar informações de outras fontes e
em alguns casos orientação especializada em relação ao projeto.
Ailza
Santos
APP-ML
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Aviso sobre urgência e emergência
Participe das reuniões da Câmara Municipal
1ª segunda-feira do mês e
3ª segunda-feira do mês
às 18h15min
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